Reboot de Digimon é mais dinâmico que o próprio clássico de 1999

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Taichi e Agumon numa nova aventura em 2020 | Reprodução

Quem foi criança/adolescente no ano 2000 sabe do sucesso que Digimon Adventure fez em sua exibição nas manhãs da Globo. Podemos dizer que o animê, produzido pela Toei Company no ano anterior, foi um fenômeno que bateu de frente com Pokémon (que estava no auge com sua segunda temporada exibida pela Record). Não é exagero dizer que a divulgação foi a bem mais elaborada que já tivemos na TV brasileira, com direito a inserções de chamadas nos intervalos da novela das oito Laços de Família. Digimon estreou por aqui no dia 3 de julho daquele ano, tanto pela emissora carioca quanto pelo saudoso canal pago Fox Kids.

Muita coisa mudou nos últimos 20 anos. Foi-se o tempo da internet discada e a tecnologia avançou de lá pra cá. O mesmo aconteceu com a dinâmica da releitura Digimon Adventure: (o título é escrito assim mesmo, com dois pontos). Claro que essa evolução em nada diminui o clássico de 1999. Pelo contrário. O ritmo da nova série é frenético e consegue reverenciar a essência da versão original.

Embora o público-alvo seja a nova geração, os antigos também poderão se divertir com os novos caminhos. Vamos lembrar que a série antiga começou quando sete crianças (digiescolhidas) foram transportadas para o Digimundo. Lá eles conheceram seus respectivos Digimons e passaram a lutar contra Devimon, Etemon, Myotismon e os Mestres das Trevas, ao longo de 54 episódios que dosaram comédia, mistério e bastante drama.

Não é preciso necessariamente repetir a mesma receita. Como toda releitura, elementos precisam ser adaptados/atualizados. É o que acontece em Digimon Adventure:. Taichi (Tai na dublagem da extinta Herbert Richers) é o personagem com muito mais destaque que na série original. Ao lado de Koshiro (Izzy), eles correm para impedir atentados causados no mundo digital – e que estão influenciando o mundo real. Taichi conta com a ajuda do simpático Agumon, que se transforma em Greymon no clímax da primeira batalha.

Logo no segundo episódio, é introduzido o solitário Yamato (Matt) e seu Garurumon (a forma evoluída de Gabumon). Taichi e Agumon devem cooperar juntos para impedir um ataque de um míssil, que está em direção a Tóquio. Seguindo o caminho contrário do animê clássico, que desenvolvia gradativamente cada personagem, a coisa foi além quando Greymon e Garurumon se fundem para o Omnimon (Omegamon no original).

Como a trama se passa em agosto de 2020, o acampamento de verão também foi mostrado após as duas primeiras batalhas. Porém, foi breve. Ao final do episódio deste sábado (18), Taichi finalmente foi transportado para o Digimundo e se encontra novamente com Agumon.

Agora é esperar para ver o que Digimon Adventure: tem para oferecer em pleno 2020. Até aqui, os três primeiros episódios tiveram uma premissa mais aceitável, direta e sem cair na mesmice (ou mesmo num dramalhão, como foi o caso de Digimon tri.). A parte ruim agora é que o animê foi pausado recentemente, em virtude do novo coronavírus. Aguardemos para que essa pandemia acabe logo para vermos o que vai acontecer com Taichi e cia dos dias atuais.

Em tempo, Digimon Adventure: está disponível na Crunchyroll.


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