Quem decidiu se o mangá de Gorenger é “Goranger” no Ocidente?

Banner oficial do mangá de Gorenger (com E), lançado em 2021 nos EUA | Foto: Divulgação/Seven Seas Entertainment

Ontem eu conversei com um leitor que tinha entrado em contato com a Editora NewPOP para esclarecer que a grafia oficial da série Gorenger é escrita mesmo com E, ao invés de A. Pelo que ele comentou, o mangá vai mesmo ser chamado – erroneamente – de “Goranger“.

A editora alegou que o nome vai seguir, segundo ela, “como foi lançado no Brasil“. Oi? Nem a série de TV e muito menos o mangá original de Shotaro Ishinomori tinham sido lançados por aqui.

Ela alegou também que “não existe certo ou errado” para o nome, pois seriam “duas leituras para uma mesma palavra japonesa” (ゴレンジャー). Como eu expliquei na minha coluna do site JBox, publicada na última sexta (4), a romanização oficial é Gorenger e ela vem desde os primeiros produtos da série no Japão. É só ver, por exemplo, os links oficiais que eu deixei na coluna da quinzena. É disso que se trata.

Agora, o que me intrigou como fã de tokusatsu, produtor de conteúdo e principalmente como consumidor (inclusive de alguns mangás da editora) é saber que a NewPOP alegou para o mesmo leitor que o nome “Goranger” (com A) seguirá “conforme foi decidido anos atrás para o ocidente“. Oi? Mas quem decidiu que o termo não oficial é oficial?

Qualquer fã minimamente bem informado sabe que Gorenger foi lançado em abril de 2021 nos EUA pela Seven Seas Entertainment, assim mesmo com E, pois essa é a romanização oficial que é exportada para outros países. Se não houve problemas na terra do Tio Sam, então por que trocar o certo pelo duvidoso por aqui? Por que a publicação brasileira deveria seguir na contramão?

São questionamentos que ficam no ar para uma questão que é simples de ser respondida. Nada que uma boa consulta com fãs, produtores de conteúdo e o próprio mercado não resolva, não é mesmo?


Deixe um comentário