Mangá nacional de ‘Jiraiya’ é a trama mais decisiva e emocionante da série

Jiraiya em mais uma aventura inédita | Divulgação: Editora JBC

Jiraiya: O Novo Império dos Ninjas foi finalmente publicado pela Editora JBC nesta segunda (19). O mangá brasileiro, que faz parte do selo Henshin Universe, foi um dos materiais mais aguardados pelos fãs de tokusatsu desde dezembro de 2021, quando foi anunciado oficialmente na CCXP. Assim como O Regresso de Jaspion, a trama passou por um longo processo de produção e aprovação para dar uma continuidade à série Metal Hero de 1988, com boas doses de nostalgia e uma carga dramática mais intensa.

Jiraiya é um dos personagens japoneses mais cultuados no Brasil. Prova disso é que os atores Takumi Tsutsui (Toha/Jiraiya) e Takumi Hashimoto (Manabu) são cadeira cativa em eventos nacionais como Anime Friends em São Paulo. O mangá de Jaspion reservou muitas surpresas e referências e não é diferente com o nosso Incrível Ninja.

Capa do mangá Jiraiya: O Novo Império dos Ninjas | Divulgação: Editora JBC

Porém, a nova aventura ganhou mais liberdade criativa, ficando mais violenta para cativar ainda mais o público da saudosa Rede Manchete. O roteirista Chris Tex e os artistas Santtos e Jhonny Domingos não perdoaram (sem trocadilho com a frase do Jiraiya, antes de erguer a Espada Olímpica) e alguns personagens não foram poupados.

O Novo Império dos Ninjas se passa 20 anos após o episódio final de Jiraiya (em 2009), antes da aparição do herói no episódio 34 de Ninninger, série Super Sentai de 2015. Os novos vilões são as organizações criminosas que formam o Cartel das Sombras, liderado pelos sucessores de Kanin Dragon (dos episódios 10 e 11 de Jiraiya) e Tetsunin Steel (do episódio 23). Os mafiosos comandam o tráfico da droga Sekijatan. Para isso acontecer, a Família de Feiticeiros (agora liderada por Benikiba, a filha do finado vilão Dokusai) e também Jiraiya devem ser exterminados.

Por outro lado, Toha está sem a Espada Olímpica, que vagou pelo espaço no último episódio da série junto com Pako e Deus Jirai. Ele continua o mesmo trabalhador de sempre, agora é pai de família e lidera um novo império dos ninjas (o antigo que sequer existia originalmente na série, mas foi “criado” na dublagem). Mas Toha não tem mais a mesma energia como nos velhos tempos, e, para vingar a morte de um antigo aliado, ele pretende usar uma arma que concentra uma grande energia maligna, para deter o Cartel das Sombras.

Se O Regresso de Jaspion foi um fanservice que foi além da série de TV, O Novo Império dos Ninjas equilibrou nostalgia e momentos decisivos, acrescentando bem à mitologia de Jiraiya. A versão brasileira da extinta Álamo foi reverenciada no mangá, com direito à “tocar” um dos temas nacionais da série. Tem lá também uma pitada brasileira em um dos diálogos.

Divulgação: Editora JBC

Tudo isso acontece de maneira em que o leitor tenha algumas surpresas, conheça novos e reencontre antigos personagens. Toha envelheceu com a mesma inocência dos tempos de adolescência, mas passando por provações que são dignos da jornada de um herói. O único ponto negativo é que alguns personagens clássicos ficaram de fora do mangá, mas eles podem aparecer numa possível continuação, que tem gancho que deixa o leitor com gosto de “quero mais”.

Jiraiya: O Novo Império dos Ninjas é o material mais emocionante e também o mais sombrio do herói, superando qualquer expectativa que vai agradar e até arrancar algumas lágrimas. É imperdível!


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