
Antes de falar sobre o assunto principal, tenho que parabenizar o SBT pelo recente resgate de episódios raros, inéditos e até mundialmente perdidos de Chaves e Chapolin. Sim, foi um grande acerto da emissora do nosso saudoso Silvio Santos. E tenho que parabenizar também por deixar de lado a famigerada remasterização por IA, e manter a originalidade dos episódios, sem aqueles efeitos que desfiguravam os personagens. Dito isso, tenho que comentar o bola fora que a emissora está cometendo — e que já era esperada.
Desde o início do ano, era esperado que o SBT lançasse uma nova programação para março, retirando Chaves e Chapolin, que são líderes de audiência na programação diária. A mudança não aconteceu, os índices de audiência continuaram favoráveis e mais episódios foram liberados (como citei acima).
Apesar desses pontos favoráveis, o SBT anunciou, na última quinta (15), sua nova programação. Segundo a emissora, a intenção é voltar a ser aquele “SBT raiz” (sim, exatamente com essa expressão), tentando resgatar a essência como a “TV mais querida do Brasil”. Atrações como o infantil Bom Dia & Cia e até o popularesco Aqui Agora estão de volta.
Nem vou entrar na discussão sobre o SBT tentar ou não adaptar conceitos que deram certo nos anos 1990 e 2000. Os tempos são outros, a rotina e o interesse do espectador mudaram ao longo das décadas. Mas o foco deste post é sobre Chaves e Chapolin, que, assim como no passado, estão caindo no descaso.
Chapolin não tem espaço na programação, pelo menos por enquanto. E foi assim também por um período, em que esteve fora do ar. Enquanto isso, Chaves ficará na faixa das 13h, como antigamente e restrito para São Paulo. É bem provável que a série seja transmitida ao vivo, via streaming pelo +SBT, no mesmo horário da TV aberta.
Ou seja, o SBT está mexendo em time que está ganhando, e principalmente num momento em que está tendo resultados em audiência. Com isso, a partir de 9 de junho, não teremos mais Chaves e Chapolin em horário nobre. Mas o SBT poderia reconsiderar em colocar Chapolin numa dobradinha com Chaves, mesmo no horário do almoço — como era nos anos 1990. Seria menos mal.