Banimento de Maya Imamori em ‘Gozyuger’ cria o caos jamais visto nas séries Super Sentai

Qual será o destino de Sumino na série? | Divulgação: Toei

Como se não bastasse os rumores sobre o fim da franquia Super Sentai, este fim de semana deu o que falar por conta da demissão de Maya Imamori do elenco da série No.1 Sentai Gozyuger, que é exibida atualmente nas manhãs de domingo pela emissora japonesa TV Asahi. Imamori, que tem apenas 19 anos, teve contrato rescindido com sua agência, Seju, neste sábado (8), e foi removida do elenco da atual série Super Sentai.

Motivo: Maya Imamori foi flagrada consumindo bebida alcoólica, sendo que ela é menor de idade, conforme as leis japonesas. Em outras palavras, a idade mínima para beber no Japão é 20. A atriz fará 20 anos no dia 26 de março de 2026, quando Gozyuger já estiver terminado. A consequência da expulsão de Imamori fez com que a Toei Company e a TV Asahi banissem a sua imagem a partir desse instante.

Gozyu Unicorn precisa de uma substituta urgentemente | Divulgação: Toei

O perfil de Sumino Ichikawa/Gozyu Unicorn, personagem interpretada pela atriz nipo-filipina, foi excluído da página oficial de Gozyuger, no site oficial da TV Asahi. Para piorar ainda mais a situação, o episódio 37, exibido neste domingo (9), teve abertura editada e sequer teve preview do episódio seguinte. Gozyu Unicorn aparece apenas transformada e foi dublada por Ayaka Maekawa.

Embora o site da TV Asahi informe que haverá exibição normal de Gozyuger no próximo domingo, 16 de novembro, ainda não há previsão da estreia do episódio 38 da série. Certamente, a Toei está revisando os materiais inéditos que já foram gravados, com possibilidade da roteirista Akiko Inoue reescrever os textos dos próximos episódios. Ainda não dá pra saber o que vai ao ar exatamente nas próximas semanas, até tudo se restabelecer.

O que se pode afirmar até agora é que a saída de Imamori foi traumática em todos os sentidos. Seja para os espectadores de Gozyuger, para a Toei, a TV Asahi, a agência Seju e, principalmente, para a própria atriz, que ainda tem muito o que aprender na vida. As imagens desse flagrante não foram apresentadas e certamente não aparecerão, por gestão interna entre as empresas que demitiram Imamori. E, se fossem apresentadas como “provas”, ficaria ruim para elas também por questão de vazamento.

A questão não é julgar quem bebe, obviamente. Mas Imamori, segundo as leis do Japão, não tem sequer maturidade para assumir esse tipo de postura. Se é algo que estava previsto em contrato, ela deveria tomar mais cuidado. Tá certo que Imamori é, talvez, o maior destaque do elenco de Gozyuger. Tanto por sua graciosidade quanto pelo fato de ser a primeira atriz a interpretar uma personagem com uniforme preto nas séries Super Sentai. Algo inédito em 50 anos da história da franquia.

A morte da primeira Yellow Four em Bioman | Reprodução: Toei

E a sua saída também é inédita, pela forma como tudo aconteceu. Isso fez com que os fãs da franquia lembrassem nas redes sociais da morte da primeira Yellow Four no episódio 10 de Chodenshi Bioman, série Super Sentai de 1984. Yuki Yajima, ex-atriz que interpretou Mika Koizumi, o alter-ego da heroína, decidiu abandonar a carreira artística em pleno início da série. Pelo menos esta é a informação oficial.

Creditada na abertura, Yajima sequer participou deste episódio de Bioman, tanto é que Mika aparece apenas transformada em Yellow Four e foi dublada por Mayumi Tanaka (sem créditos, inclusive). Já no episódio 11, a atriz Sumiko Tanaka estreia na série como Jun Yabuki, a segunda Yellow Four. Segundo Takeyuki Suzuki, o produtor principal de Bioman, a saída de Yajima causou um caos nos bastidores e queria que ela “tivesse simplesmente pedido desculpas, mesmo que fosse apenas uma palavra simples”.

Essa situação tem um contexto completamente diferente da recente saída de Imamori em Gozyuger. Foi um caso de infração às leis japonesas, o que forçou a decisão da demissão da atriz. A comparação com Bioman é válida porque não se sabe qual será o destino da personagem Sumino. Ela vai morrer ou simplesmente vai partir para uma missão especial sem despedidas? A Toei vai ter que, no mínimo, escalar outra atriz para interpretar outra personagem. Uma substituta de Sumino para assumir o codinome Gozyu Unicorn.

Entenda: particularmente, eu não bebo nenhum tipo de álcool e não sou contra quem consome. Gosto da interpretação de Imamori, que tinha toda uma carreira de sucesso pela frente. Mas, se foi comprovado que ela violou a lei japonesa de consumo de álcool, sendo de menor, não dá pra passar pano. A Toei, a TV Asahi e a agência Seju estão corretas em punir Imamori, nesse caso.

Maya, refaça a sua vida urgentemente | Divulgação: Toei

Por mais que eu admire seu trabalho, Imamori está errada e só poderia decidir beber ou não após completar 20 anos. E ainda faltam 4 meses para isso acontecer. Por ser menor de idade, sua irresponsabilidade causou o maior caos já visto na história de meio século da franquia Super Sentai, deixando uma lacuna que atingiu a si mesma, à produção do programa e ao público. Toda essa situação é bizarra demais e poderia ser facilmente evitada. E, se ela tivesse 20 anos, pelo menos, não seria nenhum problema, é claro.

Como disse acima, Imamori ainda tem muito o que aprender nesta vida. Pela sua pouca idade, ela é imatura. É improvável que ela volte à vida artística após toda essa confusão. Mas ela tem duas opções: ficar se lamentando pelo resto da vida ou dar a volta por cima longe dos holofotes. Com sinceridade, este colunista espera que Maya Imamori — parafraseando aquela canção do Roberto — refaça a sua vida urgentemente.

Vida que segue e vamos ver quais serão os próximos rumos em Gozyuger e também das séries Super Sentai.


Um comentário sobre “Banimento de Maya Imamori em ‘Gozyuger’ cria o caos jamais visto nas séries Super Sentai

  1. Independentemente se ela bebeu ou não – ou quaisquer outros rumores de bastidor -, eu acho que está sendo um pouco desproporcional a condução do caso, ainda mais porque envolve uma menina de 19 anos, tanto pela repercussão profissional quanto pessoal. A questão não é a lei – que, convenhamos, é completamente incoerente (a menina é “menor” para beber, mas é “maior” para ser exposta em biquinis e para massacrada na opinião pública) – mas uma forma de exposição das empresas envolvidas no caso de forma completamente desproporcional, seja pelo nível de exposição, seja pela diferença de peso entre uma empresa do tamanho da Toei e Asahi em relação a uma pessoa.

    Curtir

Deixe um comentário