Os Filhos de Safiri – O Novo A Princesa e o Cavaleiro

np_filhos-safiri
A Princesa Violetta e o Príncipe Daisy na capa da edição nacional (Foto: Divulgação/NewPOP)

Ribon no Kishi (O Cavaleiro da Fita) ou mais conhecido no Brasil como A Princesa e o Cavaleiro é sem dúvida uma das maiores obras-primas do lendário mangaká Osamu Tezuka. A série é famosa pelo público que acompanhou o animê de 1967 na TV brasileira nos idos dos anos 70 pela extinta Tupi e pela Record. O mangá original foi publicado em 1953 pela revista feminina Shojo Club. A Editora NewPOP, que já publicou outras obras de Tezuka como Metrópolis e Crime e Castigo, lançou em 2013 uma continuação da série original.

Os Filhos de Safiri – O Novo A Princesa e o Cavaleiro se passa alguns anos após o fim das aventuras da Princesa Safiri contra o malvado Duque Duralumínio. Agora como Rainha das Terras de Prata e casada com o Rei Franz, Safiri dá a luz à gêmeos. O Príncipe Daisy e a Princesa Violetta. A dúvida paira sobre quem deveria ser o herdeiro do trono das Terras de Prata.

Favorável à Violetta, a Duquesa Dália – que é sua madrinha – arma um sequestro de Daisy. O príncipe é abandonado numa floresta para se devorado por um monstro felino Zubora. Daisy é salvo por uma cerva chamada Papi. Com bom coração e vontade de criar o bebê, Papi clama à deusa da floresta para que tenha forma humana. Porém o pedido é de alto preço: ela voltaria a ter forma de cerva sempre durante o dia. Caso a criança saiba a verdade, Papi morreria. Assim, Papi batizou o bebê como Ronnie.

Enquanto isso, o Rei Franz decide criar Violetta sob duas identidades. Assim como Safiri dividia seu papel como princesa e como Cavaleiro da Fita no passado, Violetta viveria como ela mesma e também como Daisy. Tudo para acalmar o povo das Terras de Prata. A conspiração é revelada por Franz e Safiri e os dois são reféns de Dália e seu marido, que passam a dominar o reinado sob uma falsa alegação. Sem escolha, Safiri ensina Violetta a lutar com esgrima e assumir o codinome Cavaleiro da Fita.

safiri
Safiri passando a tocha espada para Violetta

Em busca do irmão desaparecido, Violetta se disfarça de menino e encontra em seu caminho a pequena cigana Esmeralda. Durante a aventura, Violetta encanta o coração do Cavaleiro Branco (que suspeita do disfarce com respeito e carinho) e é desafiada por seu irmão, o astuto Cavaleiro Negro.

O mangá de A Princesa e o Cavaleiro possui duas versões. A primeira foi publicada pela revista feminina Shojo Club entre 1953 e 1956 e a segunda pela também revista feminina Nakayoshi entre 1963 e 1966. Esta última versão é um “remake” da obra original dos anos 50 em e isso foi devido ao sucesso de Os Filhos de Safiri, que era uma continuação da versão da Shojo Club, foi publicada pela Nakayoshi entre janeiro de 1958 e junho de 1959. Anos antes da segunda versão sair por lá. Logo se tornou uma história à parte e com título próprio com a versão encadernada.

Uma terceira edição foi publicada anos mais tarde e era desenhada por Hideaki Kitano, assistente de Tezuka. Mas esta versão não é oficialmente reconhecida. A versão brasileira de A Princesa e o Cavaleiro foi publicada em 2002 pela Editora JBC e é a baseada na segunda versão, que não há qualquer conexão com Os Filhos de Safiri, cuja a arte remete ao título original dos anos 50.

Para não ser apenas uma mera repetição simplista de A Princesa e o Cavaleiro, Tezuka resolveu inserir elementos como acaso e sorte. Sem perder, é claro, a essência criada anteriormente e com uma maneira agradável e pura contada pelo “deus do mangá”. Esta aventura diverte tanto fãs de longa data quanto para quem tem interesse em conhecer a saga de Safiri.

Leia também:


4 comentários sobre “Os Filhos de Safiri – O Novo A Princesa e o Cavaleiro

  1. olá cara!

    descobri seu blog recentemente e estou gostando muito do conteudo.

    cara, eu cresci assistindo tokusatsu na manchete e tenho um carinho muito especial pelas super sentais tais que passaram por lá tais como Changeman e Flashman.

    Recentemente entrei numa vibe de assistir outros sentais que não passaram aqui no Brasil: já assisti Jetman, Dairanger e Dekaranger.

    pode me dar uma dica de outras sentais que valem a pena assistir que tenham historias não tão infantis e a mesma qualidade desses que citei? Obrigado!

    Curtir

Deixar mensagem para César Filho Cancelar resposta