‘Wingman’ é a melhor série tokusatsu de 2024 e a consagração de Maito Fujioka

Wingman chegou ao fim após 10 episódios | Divulgação: Toei

Durou pouco, 10 semanas para ser mais exato, mas Wingman, que foi anunciada praticamente às vésperas de sua estreia na TV Tokyo (pelo bloco Dramachoose!, nas madrugadas de terça para quarta), deixou uma marca significativa para o tokusatsu em 2024, reverenciando clássicos do gênero (como Jaspion, por exemplo) e criando uma boa trama que chegou ao fim nesta terça (24).

Lembrando que esta versão tokusatsu era um sonho antigo de Masakazu Katsura, o autor da série de mangá Wing-Man (e também criador do clássico Video Girl Ai). E o feito se tornou um trabalho perfeito, graças ao competentíssimo diretor Koichi Sakamoto, que já contribuiu para as principais franquias de tokusatsu e é, de longe, um grande fã destas produções.

Sem dúvida alguma, Maito Fujioka, filho do lendário Hiroshi Fujioka (astro principal da primeira série Kamen Rider), foi a alma da série. Não tínhamos visto um herói de tokusatsu que é fã de outros heróis do tipo desde a época de Akibaranger (2012~2013), que era uma paródia e homenagem às séries Super Sentai. Só que a parada é mais séria, digamos assim.

Fujioka viveu na pele do estudante Kenta Hirono, que é fã de tokusatsu, respira tokusatsu, quer ser um herói de tokusatsu, até que a bela e misteriosa garota Aoi e um tal Caderno dos Sonhos cruzam o seu caminho, fazendo com que ele assuma o papel de Wingman em sua própria realidade. O problema foram as consequências que vieram ao longo dos 10 episódios da série, que geraram boas reviravoltas.

Por ser exibida tarde da noite na TV japonesa, Wingman foi produzida para um público mais velho. Claro que teve aqueles velhos clichês de sempre, mas a dramatização dos personagens foi também o ponto alto em vários momentos da trama, principalmente na reta final, onde a identidade do herói-título é revelada e o clímax fica cada vez mais intenso.

Wingman foi uma grata surpresa para os fãs de tokusatsu, que pode servir como uma boa referência para quem quer entender ou até mesmo se aprofundar neste universo. Mais do que Katsura e Sakamoto, a série se consolidou como um marco para a carreira do jovem Fujioka, que já interpretou o personagem de seu pai no filme Kamen Rider: Beyond Generations (2021). Dá pra notar como ele amadureceu e ganhou mais confiança de lá pra cá. Ele tem um futuro promissor e boa parte se deve à sua representação ao tokusatsu. Podem apostar que sim.


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